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São duas gerações...
Posted by Ana
on
23:58
Temos discordado um pouco sobre como conduzir a vida. Eu acredito no dinâmico, no tudo ao mesmo tempo, em sistemas autônomos de funcionamento (de organizações, mais especificamente), na síndrome da Regina Casé - patologia descoberta e cunhada por um amigo muito querido ao ver uma entrevista em que a Regina Casé disse que não podia gostar de mais nada porque não caberia mais na agenda.
Eu também não posso gostar de mais nada. Mas eu não consigo!! E nem para ser coisas parecidas, pelo menos...Mas não, vão de Direito à Gastronomia, passando por dança, literatura, gestão (ô palavrinha fresca essa, mas é o que temos para hoje), escrita, livros, gente, histórias de gente, viagens, decoração, o novo, o antigo...ai...E para isso não dá para ficar em um lugar só.
Ela, por sua vez, diz que todo mundo precisa ter raízes, ter um paradeiro. Raiz é uma coisa estática, fincada. Há as aéreas, tudo bem, talvez eu goste mais dessas. Mas de qualquer maneira ficam num mesmo lugar.
Essas amarras de tempo e espaço incomodam um pouco. Elas inibem boa parte de nosso lado criativo, livre, nosso. Mas elas não vão sumir, então temos que aprender a deixá-las um pouco mais soltas, sem deixarmos de ser "um pouco mais de nós", se me permite o poeta.
Como fazer isso? Não sei, estou aprendendo, acho. Entrando cada vez mais em contato com o que me faz sentir feliz, plena e, assim, livre!
Estou começando a aceitar que a fluidez, o movimento, o estar lá e cá, isso é a minha raiz! Pelo menos por enquanto.