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Santo dio! Che lontano!

Posted by Ana on 22:52
Essa foi a primeira exclamação em italiano que eu ouvi, quer dizer, li, como quase aluna. Lontano é longe. Achei curiosa ser essa a primeira palavra. Longe é algo que, por natureza, não é tão bom. E me veio uma sensação meio esquisita...poxa...uma palavra "negativa" como primeira?


Mas aí, mudei o foco. Longe me lembra caminho, estrada (esta, em específico, uma referência de quem sou). E caminho remonta a evolução. E isso é muito positivo, além de delicioso!


Tenho andado para muito longe ultimamente. Longe em pensamentos, longe em auto-conhecimento, em desenvolvimento pessoal, em sonhos e planos, longe em quilômetros mesmo. E a cada distância, um encontro. Um encontro com paixões que me compõem. Um encontro com um pouco mais de mim e de nós.


Hoje me reaproximei mais de uma paixão antiga...a dança...e da possibilidade de tê-la mais presente em minha vida. E isso depois de andar uns 230km...lontano! Paixões antigas têm o encantador poder de se renovar dentro de nós e de trazer um novo significado para algo que achávamos que já conhecíamos bem.


E também hoje encontrei algo que já posso, ao que parece, chamar de uma nova paixão...o italiano!... Paixões novas também nos renovam, mas de outra maneira. Abrem possibilidades, cegam um pouco, é verdade, assustam vez ou outra, mas nos dão a doce sensação de um impulso de vida que renasce! Da possibilidade de realização daquilo que estivera, talvez, um pouco adormecido.


"Dal centro della mia vita venne una grande fontana"! Essa eu tirei de um livro. Mas é uma boa tradução do que se passa aqui dentro!

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Aeroporto de Congonhas, 04/05/2011, mais ou menos 19:15

Posted by Ana on 00:17







De repente ouço um assovio, daqueles de campo de futebol. Mas era um aeroporto. Perdida que estava em minhas conjecturas, o barulho me trouxe de volta para ali. Ele estava de terno e o notebook no colo, bastante concentrado. A olhos nus e com alguns pré-julgamentos, pareceu um executivo sisudo, daqueles 100% trabalho. Ela, ao que indicaram as vestimentas, também executiva. O assovio foi para chamá-la; ao vê-la, colocou o notebook ao lado e deram-se um saudoso abraço. 

"Pai! Está indo pro Rio?"
"Filha! Não sabia que você estava em São Paulo!"
"Que surpresa boa!" - ambos quase em coro.

É verdade que me pareceu um pouco estranho pai e filha não saberem do paradeiro um do outro, mas acho que só porque na minha família sempre funcionou um pouco diferente, talvez, da maioria. Meus pais sempre souberam, e até hoje sabe minha mãe, onde estou e com quem - e tenho o maior prazer em informá-la! Mas ok, também, para quem não funciona assim. Apenas é diferente.

Colocaram rapidamente a conversa em dia. Para onde iam, de onde vinham. Como estavam as coisas. Mais um abraço apertado, em silêncio, e dessa vez mais longo. Ela se aconchegou em seu peito e ele beijou-lhe carinhosamente a fronte. Para mim foi quase como num filme. O aeroporto - era horário de pico - silenciou-se. Trabalho, carreira, futuro, correria, avião, horário, congresso, projeto, relatório, tudo perdeu o sentido. Eram ali só os dois, na doce simplicidade do amor familiar; amor que não tem porquê nem para que. Que não se exige, que não se mede, que não "tem que" nada. Que só existe e é vivido. É o que nos origina. É pura e saborosamente amor!

O executivo e a executiva tornaram-se simplesmente pai e filha. 

Meu pré-julgamento besta foi por terra (e que bom!). 

E o notebook ficou ali, esquecido no banco entre mim e um sentido maior de vida, representado pelos dois, no banco ao lado.





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Maria Gadú e Camila Wittmann *Castelos* teclado: Bruno Piazza (01/04/2011)

Posted by Ana on 14:54

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Maria. Mulher.

Posted by Ana on 00:28
Independentemente de BBB, e aqui não estou falando da vencedora deste programa (nada contra, apenas não é sobre ela), Maria é para mim um sinônimo universal para Mulher. 

Minha mãe se chama Maria. Um nome composto, mas Maria. Assim como Maria é composta de muitas mulheres. E muitas Ana, Juliana, Fernanda, Patrícia...são compostas de Maria.

Maria sempre foi pra mim força. Sim, por causa de minha mãe. Mas hoje eu vejo também fraqueza e doçura em Maria. Vejo dor. Vejo sonho. Vejo leveza. Vejo dúvida. Vejo confusão. Na Maria mulher.

Vejo a necessidade social, e muitas vezes também própria, de Maria ser forte, independente, profissional. Mas Maria tem "alguma coisa de triste, alguma coisa que chora, alguma coisa que sente saudade". Só assim Maria consegue ser forte.

Mesmo que moderna e autossuficiente, Maria é amor. Deseja amor. Vive amor. Precisa de colo. Precisa de ajuda. Precisa se fazer pequena e indefesa nos braços do amor seu.

Maria experimenta. Erra aqui e ali. Acerta. Maria sonha com seu príncipe encantado num cavalo branco enquanto tenta se adaptar temporariamente à efemeridade afetiva.

Maria gera. Maria entrega seu corpo (finge que acredita que separadamente de sua alma, mas sabe que não). Maria sabe o que quer e o que faz. Maria é completamente indecisa e insegura.

Precisa ser admirada. Precisa ficar sozinha. 


Maria é quase um segredo.


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Todo dia é dia de aprender um pouco do muito que a vida traz.

Posted by Ana on 23:52
No dia 05/03/11 eu comecei esse post assim (mas o sono me interrompeu):
Deus do céu, não sei nem por onde começar. Tanta coisa tem acontecido nesses últimos meses que eu estou meio desnorteada. Não sei o que concluir. Nem sobre os fatos, nem sobre as pessoas, nem sobre os pensamentos e sentimentos, nem sobre mim mesma.

A vida nos prega peças e não nos ensina antes como lidar com algumas situações e nem com nossos próprios sentimentos. Muitas vezes nem entendemos nossos pensamentos e sentimentos. Eles se misturam, não numa cadência bonita de um samba, mas na desordem dos sons dos brinquedos da criança em fase de iniciação musical.

Hoje, dia 31/03, embora o assunto seja o mesmo, já o estou encarando de forma diferente em alguns aspectos, então começo o mesmo post assim:
É clichê o quanto é difícil lidar com pessoas. Independentemente do rótulo que tenham. Chefes, funcionários, amigos até, namorado(a), pai, mãe, irmãos, filhos...Até porque uma mesma pessoa assume todos esses papéis em momentos diferentes do dia.  Mas, quem é a essência?

Tenho me relacionado com muita gente diferente ultimamente. E de maneiras diferentes. E, como é meu natural, busco sempre a essência do que é cada um. O que pensam, o que gostam, o que sentem, o que buscam, de onde vêm, para onde vão. Algumas decisões minhas dependem, em partes, do que as pessoas tem se mostrado. Só que na maioria das vezes as pré-concepções que tinha das pessoas tem se transformado. Ou o que achava que estavam me mostrando na verdade era o que eu gostaria de ver.

E aí se transformam também as decisões. E como isso é delicioso! Mesmo que seja de uma maneira negativa. Porque na verdade, acabamos por conhecer a nós mesmos. Nossos limites, nossos valores, nossas fraquezas, nossa pura essência. Nossas crenças, que ao mesmo tempo que nos movem, geram uma certa miopia para a realidade que se mostra. E aí tem que haver um realinhamento de expectativas. Um redirecionamento de ações. Um rearranjo de nós mesmos. É desconfortável, mas evolutivo.

Decisões...como cansa decidir....e como é solitário...

Só sinto falta de ter mais tempo para conhecer mais. Perguntar mais, saber mais. Não o tempo do relógio. Mas a abertura do outro para permitir-se ser conhecido um pouco mais. Despretensiosamente. Saborosamente. E só. Só conhecer. Conviver um tico mais e conhecer. É pedir muito?

Bem, podem ver que o desespero do dia 05 passou. Naquele dia as coisas estavam realmente preocupantes. Mas o incômodo persiste. Fica uma coisa aqui dentro meio assim não sei meio que sei lá uma saudade do que não se teve nem nunca se terá. 

Já entendi que será mesmo assim. Um tanto solitário. Outro tanto de disposição eufórica. Mais um pouco de inconformismo. Outro pouco de aceitação. Dúvida e fraqueza. Força e recomeço. E o desejo sempre crescente, ardente, do mais.

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Rotina difusa

Posted by Ana on 15:02
Fazendo uma pausinha no trabalho. Cabeça cansada. Alma inquieta. É um sempre querer mais que se perde o dia de hoje em aspirações e desejos difusos, confusos, futuros. E hoje, cadê? O que é a vida hoje? É possível mesmo viver um dia de cada vez?


Ainda não consegui...quer dizer, por um período sim. Mas o desequilíbrio prevalece e voltou tudo na bagunça de sempre! E assim caminhando vamos, tentando estabelecer uma rotina difusa. De quem gosta de tudo-ao-mesmo-tempo-agora.


Adoro!

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Posted by Ana on 23:01
O caos é de fato uma constante e acho melhor me acostumar com isso...Um mímimo de planejamento dá um norte, é verdade, mas conseguir colocar todos os "checks" na agenda tem sido quase uma utopia. E curiosamente, embora o controle diminua minha ansiedade, a bagunça me deixa mais feliz! Mais viva!


Porque ela me coloca diante de situações inusitadas, nas quais eu aprendo um pouco mais de mim. E que me fazem rir, me tiram do eixo...é um desconforto bom! Algumas pessoas nos proporcionam isso mais do que outras...


Hoje não tenho muito a dizer. Tudo o que estou sentindo não está saindo em cadência, dessa vez. Acho que vou ouvir um samba.

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