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Captain

Posted by Ana on 22:02
Os estilos de vida das pessoas sempre me encantaram. Levadas por paixão ou por necessidade, constroem suas vidas em alicerces tão diversos quanto as possibilidades de uma vida. Nos olhos vê-se a paixão. Nas rugas as histórias. A fala, no entanto, revela quase nada das paisagens, das sensações, dos medos, das dúvidas, dos desejos proibidos, da saudade que só sabem o leme e o mar.

E aí reforça em mim essa coisa que não sei definir, mas que explode e aperta o peito. Talvez seja a pequenice que somos diante dos caminhos que pode a liberdade proporcionar. Eu me perco sim diante deles. Confesso. Porque quanto mais conheço do mundo e das pessoas, de alguma maneira me reconheço e de mim me distancio. Na sede intensa de vida. De simplesmente conhecer, ampliar. De estar aqui e ali e me compor das vidas que passam na minha. E talvez seja eu essa colcha linda, colorida, doce, assimétrica e confusa dos retalhos de uma e outra essência humana.



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Aquele abraço!

Posted by Ana on 17:42
À energia negativa que insiste em nos rondar,
A tudo aquilo que nos empata o tempo e a vida,
Ao medo de seguir adiante com o que se acredita,
Às crenças de outrem, que não as minhas próprias,
À inveja,
Ao preconceito,
À estagnação evolutiva,
À falta de respeito,
À intolerância,
A nossas próprias prisões,
Ao "não",
À dúvida que engessa...

...Aquele abraço! E renovo-me.
 

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Ela não estava mais lá.

Posted by Ana on 17:36
No caminho do trabalho vi que ela não estava mais lá. Restara apenas o terreno e uma grande placa de vende-se. Alguns ladrilhos ao fundo, revelando a beleza e bom gosto de tempos idos. A casa, com toda sua linda arquitetura e vida de outrora que ali ainda restava, havia sido demolida. Talvez para dar lugar a um prédio. Talvez para dar lugar a um restaurante. Talvez para dar lugar a um estacionamento (triste, se for isso). Mas certamente para dar lugar a uma nova história de novas vidas.

Vidas que vão-se formando de encontros. E aqueles mais despropositados acabam por mudar o curso de uma vida. Cada encontro compõe uma rede de conexões que só se compreende quando nos colocamos do lado de fora dela, como espectadores, e percebemos que cada conexão nos leva à mais importante: aquela com nós mesmos.

E assim tem sido comigo. Escolhi deixar o jogo de xadrez rolar e me colocando de fora dele por alguns momentos posso ver o encantador movimento das peças, uma a uma, colocadas em momentos diferentes do jogo para compor uma bela jogada. É difícil. Alguns movimentos são estranhos, confusos e muitas vezes o fazemos sem certeza de que dará certo. Na maioria das vezes, na verdade. Movimentos aparentemente desconexos estão intrinsecamente ligados e cada peça é colocada no tabuleiro como cada pessoa é colocada em nossas vidas porque algo elas têm a contribuir para nossa evolução. E são colocadas para nos dar o aprendizado de que precisamos naquele momento.

Estou encantada com os encontros que tenho tido e como eles têm feito todo o sentido. Estou encantada como a vida nos dá aquilo que precisamos. Às vezes são apenas as grades de nossas próprias prisões interiores que não nos permitem enxergar. 

Estou encantada como a vida dá lugar a diversas possibilidades, assim como aquela casa demolida deu lugar a diversas possibilidades de vida.







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Descortinando!

Posted by Ana on 19:01
Às vezes basta abrir as cortinas da vida para que a beleza e o deleite se revelem. A vida sempre será acompanhada de luz e sombra, é verdade, e o caminhar nessa dicotomia é o que nos faz imperfeita e saborosamente humanos.




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E tenho um canto, um velho endereço...

Posted by Ana on 17:57
Ahh SP! Seu concreto e sua poesia!...




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Nice! ;)

Posted by Ana on 19:07
"Oh! Oh! Seu Moço!
Do Disco Voador
Me leve com você
Prá onde você for
Oh! Oh! Seu Moço!
Mas não me deixe aqui
Enquanto eu sei que tem
Tanta estrela por aí..."


(Raul Seixas - S.O.S)

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Fala mansa, olhos inquietos. Livre.

Posted by Ana on 20:39
"Namore um cara que se orgulha da biblioteca que tem, ao invés do carro, das roupas ou do penteado. Ele também tem essas coisas, mas sabe que não é isso que vai torná-lo interessante aos seus olhos. Namore um cara que tenha uma pilha de três ou quatro livros na cabeceira e que lembre do nome da professora que o ensinou as primeiras letras.



Encontre um cara que lê. Não é difícil descobrir: ele é aquele que tem a fala mansa e os olhos inquietos. Ele é aquele que pede, toda vez que vocês saem para passear, para entrar rapidinho na livraria, só para olhar um pouco. Sabe aquele que às vezes fica calado porque sabe que as palavras são importantes demais para serem desperdiçadas? Esse é o que lê.

Ele é o cara que não tem medo de se sentar sozinho num café, num bar, num restaurante. Mas, se você olhar bem, ele não está sozinho: tem sempre um livro por perto, nem que seja só no pensamento. O rosto pode ser sério, mas ele não morde, não. Sente-se na mesa ao lado, estique o olho para enxergar a capa, sorria de leve. É bem fácil saber sobre o quê conversar.

Diga algo sobre o Nobel do Vargas Llosa. Fale sobre sobre as novas traduções que andam saindo por aí. Cuidado: certos best-sellers são assunto proibido. Peça uma dica. Pergunte o que ele está lendo –e tenha paciência para escutar, a resposta nunca é assim tão fácil.

Namore um cara que lê, ele vai entender um pouco melhor seu universo, porque já leu Simone, Clarice e –talvez não admita– sabe de memória uns trechos de Jane Austen. Seja você mesma, você mesmíssima, porque ele sabe que são as complicações, os poréns que fazem uma grande heroína. Um cara que lê enxerga em você todas as personagens de todos os romances.

Um cara que lê não tem pressa, sabe que as pessoas aprendem com os anos, que qualquer um dos grandes tem parágrafos ruins, que o Saramago começou já velho, que o Calvino melhorou a cada romance, que o Borges pode soar sem sentido e que os russos precisam de paciência.

Um namorado que lê gosta de muita coisa, mas, na dúvida, é fácil presenteá-lo: livro no aniversário, livro no Natal, livro na Páscoa. E livro no Dia das Crianças, por que não? Um cara que lê nunca abandonará uma pontinha de vontade de ser Mogli, o menino lobo.

E você também ganhará um ou outro livro de presente. No seu aniversário ou no Dia dos Namorados ou numa terça-feira qualquer. E já fique sabendo que o mais importante não é bem o livro, mas o que ele quis dizer quando escolheu justo esse. Um cara que lê não dá um livro por acaso. E escreve dedicatórias, sempre.

Entenda que ele precisa de um tempo sozinho, mas não é porque quer fugir de você. Invariavelmente, ele vai voltar – com o coração aquecido – para o seu lado. Demonstre seu amor em palavras, palavras escritas, falas pausadas, discursos inflamados. Ou em silêncios cheios de significados; nem todo silêncio é vazio.

Ele vai se dedicar a transformar sua vida numa história. Deixará post-its com trechos de Tagore no espelho, mandará parágrafos de Saint-Exupéry por SMS. Você poderá, se chegar de mansinho, ouví-lo lendo Neruda baixinho no quarto ao lado. Quem sabe ele recite alguma coisa, meio envergonhado, nos dias especiais. Um cara que lê vai contar aos seus filhos a História Sem Fim e esconder a mão na manga do pijama para imitar o Capitão Gancho.

Namore um cara que lê porque você merece. Merece um cara que coloque na sua vida aquela beleza singela dos grandes poemas. Se quiser uma companhia superficial, uma coisinha só para quebrar o galho por enquanto, então talvez ele não seja o melhor. Mas se quiser aquela parte do “e eles viveram felizes para sempre”, namore um cara que lê.

Ou, melhor ainda, namore um cara que escreve.

##Baseado no "Namore uma garota que lê", texto escrito pela Rosemary Urquico e traduzido e adaptado para o português pela Gabriela Ventura." 


Texto retirado do facebook, da página Skoob - O que você anda lendo? 

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Quanto charme tem o cara que lê! O que escreve, então, Jesus!

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Um maluco bem são!...

Posted by Ana on 21:19
"Sou raso, largo, profundo."

(Raul Seixas)

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Calma.

Posted by Ana on 18:04
E de novo vem aquela sensação de estar entre. De saudade do que não se viveu e de pesar pelo tempo que está passando e a sensação de não estar vivendo em plenitude. Calma coração...

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Encantador!

Posted by Ana on 14:48
https://www.facebook.com/photo.php?v=180002188699856

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Sabedoria.

Posted by Ana on 14:37
"A água é submissa, mas tudo conquista. A água extingue o fogo ou, diante de uma provável derrota, escapa como vapor e se refaz. A água carrega a terra macia, ou quando se defronta com rochedos, procura um caminho ao redor. A água corrói o ferro até que ele se desintegra em poeira; satura tanto a atmosfera que leva à morte o vento. A água dá lugar aos obstáculos com aparente humildade, pois nenhuma força pode impedi-la de seguir seu curso traçado para o mar. A água conquista pela submissão; jamais ataca, mas sempre ganha a última batalha." (Tao Cheng de Nan Yeo, um estudioso taoísta do século XI, citado por Blofeld em seu The Wheel of Life).


Pois é...muita gente bate de frente em determinadas situações para mostrar "que não é bobo". Quem é algo de fato (inteligente, forte, paciente, justo, digno, o que for) não precisa mostrar, nem dizer, tampouco provar.  Basta ser e agir. Sábio aquele que ouve, analisa e age com respeito e com nobreza de princípios. Fraco aquele que precisa mostrar aos outros o que tem, o que faz, onde frequenta e que tem razão. Sábio aquele que evita discussões, que pede desculpas, mesmo se não foi seu o erro. Pois assim está sempre em processo de evolução. Pois assim é humildemente forte e assim influencia positivamente sua realidade. E pedir desculpas ou deixar de bater de frente não é baixar a cabeça, não é submeter-se. É preservar-se de um desgaste por uma discussão com alguém de baixo nível de consciência. Não precisa haver discussão para mostrar quem tem razão ou quem foi justo ou quem agiu corretamente. As atitudes dizem por si só.

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Reconfigurando.

Posted by Ana on 00:02
Já há algum tempo tenho escrito muito sobre sentimentos, relacionamentos, casamento, afeto, enfim, o lado pessoal da vida. São fases...em algumas as questões profissionais palpitam mais; em outras são as pessoais que fazem burburinho no peito e na mente. E o meu momento é esse segundo.

Tenho refletido muito sobre o relacionamento homem-mulher. Em todas as reflexões termino com a conclusão de que tem que valer à pena e fazer bem e com a pergunta o que é valer à pena e fazer bem? E essa pergunta têm me estimulado muito a querer compreender mais o estar junto de alguém, independentemente do formato que isso tenha (embora um formato específico - o casamento nos moldes preconizados pela sociedade - me cause um misto de incompreensão, curiosidade e desejo de descoberta de seu significado. Falarei mais dele outro dia.)

Talvez seja certa pretensão querer compreender o amor, talvez ele não tenha muitos porquês. E talvez também o valer à pena e fazer bem dependa do momento de vida de cada um no relacionamento. E pode haver uma certa diferença de momentos. Isso não deveria inviabilizar tudo. Ao contrário, é uma rica oportunidade de descoberta. De descoberta de qual eu o meu querido ou querida (acho mais fofo, assim, ok?) é naquele momento. O que estimula cada um, o que encanta, o que incomoda, qual(is) modelo(s) mental(is) faz(em) sentido. Não é uma delícia construir isso juntos?!

Eu mesma já transitei entre dois modelos quase que opostos. Amava o amor romântico. Daquele de fofurices, mensagens pra lá e pra cá, do estar junto o tempo todo. Isso fez parte de mim por longos anos, independentemente de estar com alguém. Estava ali, plantado em mim e não debocho disso. Era o que fazia sentido para mim naquele momento. Pude viver isso e foi muito bom enquanto existiu. Porque via muitos relacionamentos descartáveis, displicentes, sem carinho, sem se importar com o outro e não queria que o meu fosse igual. E o não ser igual era o amor romântico.

Hoje prefiro o amor sereno. O amor leve e parceiro em que os dois são dois e não um. E sobre esse amor ainda estou aprendendo. Aqui minhas reflexões se estendem e se bagunçam quando penso: considerando que sendo inteiro vive-se bem só e as possibilidades da vida se apresentam como imensas, deixa de existir o "preciso de você" (o que é nada saudável) e vem o "quero você" (que é bem mais interessante...). E aí, que características são essenciais?!

Vamos ver o que essa jornada me reserva! Attraversiamo!


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Boas inspirações!

Posted by Ana on 21:27
Todas as mensagens de Natal que recebi foram lindas, mas duas delas me tocaram. Registro aqui para que perdurem.

"E em nossa jornada nos encantamos pelas coisas do passado e pelas novas invenções. E, contudo, se olhamos pela janela e vemos uma árvore na sua perfeição, se contemplamos uma criança brincando, um gato caminhando em seu território ou o brilho e vitalidade de um pássaro, somos capazes de enxergar outra ordem de beleza e inteligência no mundo. Que este Natal seja o momento da gratidão, da análise dos valores humanos, do refinamento do comportamento, da celebração e desaceleração. E que em 2013 suas energias estejam renovadas e amplificadas para um ano de realizações. Que o fluxo da vida esteja sempre em equilíbrio para você e sua família."

(Legalas Educação e Qualidade de Vida)

E a favorita...

"Sonhe com o que você quiser. Vá para onde você queira ir.
Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz."

(Clarice Lispector)

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Serena.

Posted by Ana on 14:08

De repente parece que começo a acordar de algo que talvez a mim não pertença. Sereno o que se passa aqui dentro. O meu mundo voltando a ficar em paz. Reconecto-me. Reaprendo-me.

"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida."
(Vinícius de Moraes)


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Lá dentro.

Posted by Ana on 14:03
"O seu amor é uma mentira que a minha vaidade quer."
(Cazuza)

Adoro dizeres que revelam os sentimentos humanos mais viscerais. 

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Quer mais?! É isso!!

Posted by Ana on 12:30
"Agir. Eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for. O êxito está em ter êxito e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?"
(Fernando Pessoa)


"Cada sonho que você deixa para trás é um pedaço do seu futuro que deixa de existir."
(Steve Jobs)


"Chega um dia em que se o homem não deixar tudo para trás não vai para frente."
(Micítaus do Issás)

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