Já há algum tempo tenho escrito muito sobre sentimentos, relacionamentos, casamento, afeto, enfim, o lado pessoal da vida. São fases...em algumas as questões profissionais palpitam mais; em outras são as pessoais que fazem burburinho no peito e na mente. E o meu momento é esse segundo.
Tenho refletido muito sobre o relacionamento homem-mulher. Em todas as reflexões termino com a conclusão de que tem que valer à pena e fazer bem e com a pergunta o que é valer à pena e fazer bem? E essa pergunta têm me estimulado muito a querer compreender mais o estar junto de alguém, independentemente do formato que isso tenha (embora um formato específico - o casamento nos moldes preconizados pela sociedade - me cause um misto de incompreensão, curiosidade e desejo de descoberta de seu significado. Falarei mais dele outro dia.)
Talvez seja certa pretensão querer compreender o amor, talvez ele não tenha muitos porquês. E talvez também o valer à pena e fazer bem dependa do momento de vida de cada um no relacionamento. E pode haver uma certa diferença de momentos. Isso não deveria inviabilizar tudo. Ao contrário, é uma rica oportunidade de descoberta. De descoberta de qual eu o meu querido ou querida (acho mais fofo, assim, ok?) é naquele momento. O que estimula cada um, o que encanta, o que incomoda, qual(is) modelo(s) mental(is) faz(em) sentido. Não é uma delícia construir isso juntos?!
Eu mesma já transitei entre dois modelos quase que opostos. Amava o amor romântico. Daquele de fofurices, mensagens pra lá e pra cá, do estar junto o tempo todo. Isso fez parte de mim por longos anos, independentemente de estar com alguém. Estava ali, plantado em mim e não debocho disso. Era o que fazia sentido para mim naquele momento. Pude viver isso e foi muito bom enquanto existiu. Porque via muitos relacionamentos descartáveis, displicentes, sem carinho, sem se importar com o outro e não queria que o meu fosse igual. E o não ser igual era o amor romântico.
Hoje prefiro o amor sereno. O amor leve e parceiro em que os dois são dois e não um. E sobre esse amor ainda estou aprendendo. Aqui minhas reflexões se estendem e se bagunçam quando penso: considerando que sendo inteiro vive-se bem só e as possibilidades da vida se apresentam como imensas, deixa de existir o "preciso de você" (o que é nada saudável) e vem o "quero você" (que é bem mais interessante...). E aí, que características são essenciais?!
Vamos ver o que essa jornada me reserva! Attraversiamo!