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Todo dia é dia de aprender um pouco do muito que a vida traz.

Posted by Ana on 23:52
No dia 05/03/11 eu comecei esse post assim (mas o sono me interrompeu):
Deus do céu, não sei nem por onde começar. Tanta coisa tem acontecido nesses últimos meses que eu estou meio desnorteada. Não sei o que concluir. Nem sobre os fatos, nem sobre as pessoas, nem sobre os pensamentos e sentimentos, nem sobre mim mesma.

A vida nos prega peças e não nos ensina antes como lidar com algumas situações e nem com nossos próprios sentimentos. Muitas vezes nem entendemos nossos pensamentos e sentimentos. Eles se misturam, não numa cadência bonita de um samba, mas na desordem dos sons dos brinquedos da criança em fase de iniciação musical.

Hoje, dia 31/03, embora o assunto seja o mesmo, já o estou encarando de forma diferente em alguns aspectos, então começo o mesmo post assim:
É clichê o quanto é difícil lidar com pessoas. Independentemente do rótulo que tenham. Chefes, funcionários, amigos até, namorado(a), pai, mãe, irmãos, filhos...Até porque uma mesma pessoa assume todos esses papéis em momentos diferentes do dia.  Mas, quem é a essência?

Tenho me relacionado com muita gente diferente ultimamente. E de maneiras diferentes. E, como é meu natural, busco sempre a essência do que é cada um. O que pensam, o que gostam, o que sentem, o que buscam, de onde vêm, para onde vão. Algumas decisões minhas dependem, em partes, do que as pessoas tem se mostrado. Só que na maioria das vezes as pré-concepções que tinha das pessoas tem se transformado. Ou o que achava que estavam me mostrando na verdade era o que eu gostaria de ver.

E aí se transformam também as decisões. E como isso é delicioso! Mesmo que seja de uma maneira negativa. Porque na verdade, acabamos por conhecer a nós mesmos. Nossos limites, nossos valores, nossas fraquezas, nossa pura essência. Nossas crenças, que ao mesmo tempo que nos movem, geram uma certa miopia para a realidade que se mostra. E aí tem que haver um realinhamento de expectativas. Um redirecionamento de ações. Um rearranjo de nós mesmos. É desconfortável, mas evolutivo.

Decisões...como cansa decidir....e como é solitário...

Só sinto falta de ter mais tempo para conhecer mais. Perguntar mais, saber mais. Não o tempo do relógio. Mas a abertura do outro para permitir-se ser conhecido um pouco mais. Despretensiosamente. Saborosamente. E só. Só conhecer. Conviver um tico mais e conhecer. É pedir muito?

Bem, podem ver que o desespero do dia 05 passou. Naquele dia as coisas estavam realmente preocupantes. Mas o incômodo persiste. Fica uma coisa aqui dentro meio assim não sei meio que sei lá uma saudade do que não se teve nem nunca se terá. 

Já entendi que será mesmo assim. Um tanto solitário. Outro tanto de disposição eufórica. Mais um pouco de inconformismo. Outro pouco de aceitação. Dúvida e fraqueza. Força e recomeço. E o desejo sempre crescente, ardente, do mais.

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