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Apenas!

Posted by Ana on 21:42
Sem resoluções de ano-novo. Elas se esvaem quando passa a euforia das festas e da atmosfera de renovação e chega o ano com suas rotinas e imperfeições.

Apenas:
nada que me atrase,
tudo o que me proteja, e aos meus,
leveza e equilíbrio para as imperfeições,
e que eu tenha força e coragem para conduzir minha vida de acordo com o que está aqui dentro, que é invisível aos olhos e que realmente vale à pena.

E que eu me lembre sempre que a vida que construo é consequencia única de mim mesma.

Enjoy!

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Mova!

Posted by Ana on 17:11
"Não te deixes desiludir pelo mundo que te cerca. Saiba que és chamado a transformá-lo".

(Frei Betto)

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Indefinidamente definida.

Posted by Ana on 12:13
"Não me prendo a nada que me defina. 
Sou companhia, mas posso ser solidão...
Tranquilidade e inconstância, pedra e coração.
Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono.
Música alta e silêncio. 
Serei o que você quiser, mas só quando eu quiser.
Não me limito, não sou cruel comigo!
Serei sempre apego pelo que vale à pena, e desapego pelo que não quer valer.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca ou não toca." 

(Clarice Lispector)

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Sei lá que título!

Posted by Ana on 09:56
Às vezes a negação racional é um indicativo de que o coração caminha no exato oposto sentido.

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Perguntas.

Posted by Ana on 19:17
(...)O que você está dizendo?
O que você está fazendo?
Por que que está fazendo assim?(...)


(Relicário - Nando Reis)

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Descobertas...

Posted by Ana on 19:08


(...)Se não sabe
Se afaste de mim
Mas se ainda cabe
Me abrace, enfim
Só ligue se tiver vontade
Só venha se quiser me ver
Mentir é pura vaidade
De quem precisa se esconder(...)

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Linda que está a lua.

Posted by Ana on 00:37

Acenderam as luzes do mundo, linda que está a lua.
Acenderam desejos da alma, linda que está a lua.
Ascenderam intenções aos céus.

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E assim terminou o feriado.

Posted by Ana on 00:28


Entre trabalho, piscina e preguiça nos dividimos e terminamos com vinho e músicas de amor. Amigas ouvindo músicas de amor com essa combinação e sob uma lua maravilhosa, eu garanto: é, no mínimo, muito divertido!! Entre lembranças e esperanças, muito boas risadas e outras tantas reflexões.

Quem não quiser sentimentalismo pare a leitura por aqui. Hoje não estou preocupada em não ser piegas, em manter compostura (nunca estou, na verdade, mas hoje menos ainda). Apenas deixo o coração falar. Não, não é efeito do vinho. É efeito das músicas. É efeito do amor, movida que sou por ele em tudo em minha vida.

Ouvíamos "Elas cantam Roberto Carlos". Há quem diga que ele é brega. Há quem diga que é um dos maiores nomes da música brasileira. Para mim é indiferente. Atenho-me somente às letras, que são absolutamente divinas. Tanto quanto as de Chico e Vinícius. É difícil música que cante o amor que não seja bonita, acho que já disse isso uma vez aqui. 

E mais lindas são aquelas que lêem o íntimo da alma da mulher. Permito-me uma generalização para dar mais força à escrita: toda mulher, por mais forte e independente que seja, retorna a sua doce e delicada essência diante do homem que ama e que a encanta. Diante do homem que seja emocionalmente forte e decidido o suficiente para lhe dar suporte, e delicado o suficiente para lhe dar cuidado. Inteligente o suficiente para lhe fazer rir e terno o suficiente para deixá-la senti-lo todo seu. Diante do homem que sabe o equilíbrio exato entre ser amigo, amante, amor, provedor.

Poucas sensações são tão boas quanto as que uma paixão proporciona. A gente sai do eixo, o pensamento se desorienta, a concentração tira férias. O coração bate forte quando ele se aproxima. Conversas, corpos, beijos...muitos...longos...Os começos, então, poderiam ser um momento congelado na existência para que nunca findasse. É bom transbordar de paixão!

E transpus essa reflexão para outras esferas da vida. Sobre viver a vida procurando manter o mesmo estado de ser de uma paixão. Não em relação ao prazer imediato ou à sensação quase que imatura que a paixão nos dá. Mas sim em relação a sua intensidade e capacidade de nos colocar em plenitude. 

Que venha mais uma semana abençoada, com todos os percalços pelos quais temos que passar e com todo o amor do mundo que podemos sentir, viver e doar!!






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Aprendi!

Posted by Ana on 22:00
"Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão,
continuaremos a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é necessário ser um."

(Fernando Pessoa)




(E ele não é o máximo?! Amo!)


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Mais Es, menos OUs.

Posted by Ana on 18:37
Para muitas pessoas, as agonias existenciais surgem pelo grande leque de opções e não pela falta delas. Há quem veja isso como mimadice ou imaturidade. Há quem veja como algo muito positivo, já que, se é possível escolher, que se escolha o que traga felicidade para quem escolhe e, de preferência que quem escolhe possa ser o vetor para a felicidade e bem estar de mais outras pessoas, exponencialmente. 

Do ponto de vista de quem escolhe, a gastura se dá pelo medo de não errar. De fazer a escolha certa. De fazer a melhor escolha. Se há questão financeira envolvida, vem o medo de justamente não colocar por terra o esforço de quem pôde proporcionar uma condição tão rica de oportunidades.  

E vem gastura também pelo fato de que, no geral, nossa sociedade é muito positivista. A escolha tem que ser definitiva, principalmente as profissionais. Talvez para as gerações que vem agora isso já não seja mais tão verdadeiro. E há pessoas da minha geração que conseguiram se libertar desta limitação.

Se a própria natureza é cíclica, como pode ser imposto a nós, humanos, que sejamos definitivos em nossas escolhas? Já começa tudo errado: aos 17 anos temos que escolher uma profissão. Oi?! Sequer temos consciência de nós mesmos, de nossas qualidades, defeitos, medos. O auto-conhecimento nesse momento da vida passa longe de existir.

E mesmo quando ele começa a existir, vamos vivendo experiências que nos fazem mudar de ponto de vista, de visão de mundo, de compreensão de mundo. De compreensão sobre o que nos faz feliz e o que queremos para aquele determinado momento de vida. 

E o senso comum também não ajuda né?! No meio desse post minha mãe me passa o jornal Metro de SP da última quarta-feira onde leio: "Já escolheu a profissão? Estudo taz as sete carreiras mais bem pagas do mercado hoje". Sempre vinculando a satisfação a dinheiro. Deus do céu...

Até nos relacionamentos mudamos. Hoje não amamos mais como amávamos aos 18 anos. Estando ou não com a mesma pessoa.

Por que não podemos ser
Advogados E músicos?
Cineastas E administradores?
Trabalhadores E satisfeitos?
Contadores E bailarinos?
Amantes E casados?

As possibilidades da vida são tantas! É um exercício constante nos livrarmos das amarras que impeçam que as vivamos. Sejam essas amarras medo, condição financeira, falta de tempo, preocupações...

E faço minhas as palavras de Soraya Ravenle em entrevista a Diogo Nogueira no programa Samba na Gamboa, quando diz que foi fazendo um musical (que mistura, teatro, dança e música) que caiu a ficha: "Acho que meu lugar maior é nessa mistura, sabe?! (...) Sinto que é bom viver assim no E, E e não OU, NÃO POSSO (...)". 


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No more.

Posted by Ana on 23:51
"It's only words, and words are all I have to take your heart away..." 

Foi-se o tempo em que as palavras me encantavam (e cegavam). Hoje estou mais para:

"Palavras até me conquistam temporariamente...
Mas atitudes me perdem ou me ganham para sempre."
(Clarice Lispector)

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Próximo destino!!

Posted by Ana on 15:17
Playa Escondida, México.



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You always learn!

Posted by Ana on 00:02
"You live, you learn
You love, you learn
You cry, you learn
You lose, you learn
You bleed, you learn
You scream, you learn

I recommend walking around naked in your living room....feel free!!"
(You Learn, Alanis Morissette)

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Simplesmente amor!

Posted by Ana on 23:20
Aí você termina de lavar o quintal e sua cachorrinha vai lá fazer cocô outra vez.
Você acaba de passar pano na sala e sua cachorrinha sapateia a sala inteira com as patinhas molhadas por ter ido ao quintal.
Você seca a sala outra vez e sua cachorrinha vai lá te ver, com a "barbinha" pingando de água depois de ter matado a sede.
E você pega no colo, enche de beijos e compreende o que é amar de verdade!  

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E como disse um amigo, "a ignorância liberta!"

Posted by Ana on 23:53


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O que é por fora é sempre fácil.

Posted by Ana on 22:41
"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

Fernando Pessoa

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Uma jóia dos tempos idos...

Posted by Ana on 22:51
"Dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim

Não quero mais esse negócio de você longe de mim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim"



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Amor!

Posted by Ana on 22:41
As letras que falam de amor são as mais lindas. Mas claro, não há sentimento mais nobre.



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Apaixonada!

Posted by Ana on 20:56


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Sem palavras...

Posted by Ana on 00:04
...porque estas já me roubaram as minhas...e me traduzem...

"Cuida de mim enquanto não me esqueço de você
Cuida de mim enquanto finjo, enquanto fujo..."

(Cuida de mim - o Teatro Mágico / Fernando Anitelli Trio)

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"O mundo está ao contrário e ninguém reparou..."

Posted by Ana on 23:06

Há fases na vida em que tudo flui às mil maravilhas e outras em que parece que nossa paciência, coragem, amor e fé estão sendo postos a prova.

Tenho sido colocada (me colocado, na verdade, já que acredito que nossa vida é consequência de nossas escolhas) frente a diversas e difíceis decisões pessoais e profissionais. E tenho percebido o quanto ficamos estanques diante de determinadas situações. A inércia nos vence, as ponderações são inúmeras, na tentativa de se encontrar com segurança a variável exata que resolve a equação. Ilusão.

E nesse cenário todo, fico intrigada com uma coisa: o que de fato é impedimento para se fazer algo que se quer profundamente? O que de fato é? Qual é a real dificuldade?

As coisas mundanas e burocráticas que tem que ser resolvidas? Custam tempo, dinheiro, energia e desgaste, mas são resolvidas.

O sentimento ferido de alguém? E o nosso próprio sentimento, fica onde? Quem cuida dele e se preocupa com ele? E quão longa é a vida para que dê tempo de cuidarmos dos sentimentos de todos? Mas, de qualquer forma, isso é um ponto que me sensibiliza (eu sou do tempo em que pessoas se preocupam com as outras).

Perda de dinheiro? Trabalha-se e ganha-se outro. (Ok, isso não é tão simples. Leva-se uma vida para certas conquistas. Perdê-las não é assim tão natural. Mas é importante, ao menos, ponderar sobre a real importância delas).

Expectativas e esperanças criadas nas pessoas? Reconheçamos que ao longo de um caminho curvas aparecem, algumas pedras e às vezes muito cansaço. E que as forças se esvaem. E que a forma de enxergar e querer viver a vida também mudam. E que somos humanos, imperfeitos e em constante mudança.

Medo do que fica e do que vem? O medo pode funcionar como um alerta para auto-proteção. Mas torna-se um prejuízo à vida humana quando paralisa a busca pelo que nos faz bem e feliz.

Não saber o que se quer profundamente? Profissionalmente isso muitas vezes acontece e realmente bloqueia o movimento. Pessoalmente também acontece e também paralisa. Mas em ambos os casos, essa dúvida não é real. Nosso coração sempre sabe. Nós é que não sabemos como segui-lo ou temos medo de segui-lo.

Sei lá...venho pensando muito sobre isso. Penso, penso, penso e esmiuçando bem a raiz da dificuldade sinto que aquilo que consideramos dificuldades ou obstáculos na verdade não o são. A única conclusão a que chego é que o que nos impede de fato, realmente, somos nós mesmos.






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Reticências

Posted by Ana on 20:38
Algumas conversas terminam deixando a sensação de que muito ainda ficou por ser dito. Mas...dizer às vezes não é necessário quando falam o corpo, os olhos, a pele. O coração se manifesta também por outros sinais.

Várias reflexões ficam. Dúvidas igualmente. Desejos, inquestionavelmente. 



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Quebra-cabeça

Posted by Ana on 00:19
Ontem eu relembrei uma velha paixão: quebra-cabeça. Na verdade, tinha até me esquecido que é uma paixão. Assim como tenho me esquecido de algumas outras. 


Era um quebra-cabeça bem simples, veio na caixa de cereais. Bem menor que o enorme quebra-cabeça que está minha vida hoje. Mas, complexo ou simples, ambos se resumem a um emaranhado de peças aparentemente desconexas, que individualmente não fazem o menor sentido e que nos fazem pensar que nunca encontraremos a que precisamos naquele momento. Mas que ao final todas se juntam e em um todo maior de significado.



E para montar um quebra-cabeça complexo, daqueles de 3 mil peças, é preciso paciência e tempo. Testa uma e outra e outra e várias e nenhuma encaixa. Até que uma aqui, outra ali vão se compondo. Como quero eu, como num passe de mágica, para ontem, juntar peças de vida, de essência, de realidade, de amor, de dificuldades, de crença e descrença, de valores?



À medida que montava aquele pequeno desafio, reacendia em mim a paixão e a paciência de juntar cada peça, sabendo que ao final encontraria o que procurava.




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Retrato perfeito.

Posted by Ana on 11:43
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

(O que será - À flor da pele - Chico Buarque)

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Just perfect!!

Posted by Ana on 01:03



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Memories

Posted by Ana on 00:48
Sometimes, when you don't want to go somewhere but you go, forget that you didn't want and just be there. With open heart. Maybe you will see people that are part of your history. People for whom you don't have the same feeling, but you have the same affection. Maybe you will understand what drives people to do what they're doing at that moment. And maybe you don't like what you find, but maybe you do. But, most important, you get in touch with yourself. An then you realize that what is truly inside you, never ends. 

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A minha vida? É minha!

Posted by Ana on 00:34
"Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer. O que eu ganho, o que eu perco, ninguém precisa saber."

(Apenas mais uma de amor, Lulu Santos)


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Passion!

Posted by Ana on 19:31


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Just wondering...

Posted by Ana on 19:11
O que nós queremos da vida é o que a vida tem para nos dar? Eu sou a maior defensora de que a vida é o que pensamos e desejamos de verdade, de que as circunstâncias (emocionais, materiais, afetivas, todas elas) em que vivemos é fruto de nossa postura diante da vida. Mas e aquela história de que "não era para ser" ou de que "se é para ser, será"?!

O quanto de nossas vidas é destino e o quanto é nossa influência?

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Calma alma minha, calminha...

Posted by Ana on 18:38
Hoje é um dia daqueles...o peito a ponto de explodir as muitas coisas que a alma inquieta carrega. Sento aqui para por pra fora, mas não sai. Vou ler um livro. Ou ouvir um samba.

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E precisa dizer mais?!

Posted by Ana on 21:59




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More chaos! More life!

Posted by Ana on 21:58





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Uma ótima pergunta!

Posted by Ana on 21:54
Que devemos sempre, por toda a vida, nos fazer!



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...

Posted by Ana on 21:03
As reticências nos servem quando nos faltam as palavras.







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Just...let it go...

Posted by Ana on 21:00


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Just it!

Posted by Ana on 20:59


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...

Posted by Ana on 20:59


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This is your life! Only yours. Only one.

Posted by Ana on 20:57


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De novo, coisas lindas!

Posted by Ana on 20:55
"Simplicidade é isso: quando o coração busca uma coisa só."

(Autor desconhecido)

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A literatura é mesmo cheia de coisas lindas!

Posted by Ana on 20:51
"Acelerei. Aquela vez não era como outras vezes, em que desperdicei tempo e vida conjecturando sobre que caminho tomar."  


"As pessoas desenvolveram uma enorme capacidade para se justificar. Você pode justificar sua incapacidade pela falta de afeto, pela falta de estudo ou pelo sofrimento que suportou. Pode convencer a si mesmo de que não cruzar o umbral é a coisa certa a ser feita, pois pode haver perigos e ameaças à espreita no outro lado. Ou pode declarar cinicamente que não está interessado no que poderá encontrar. Isso tudo não passa de maneiras de esconder a dor causada pelo fracasso. Enquanto você demora a enfrentar o obstáculo em seu caminho, a dificuldade se torna maior e você, menor. Em outras palavras, quanto mais tempo carrega um problema, mais pesado ele se torna."


Trechos de O Retorno do Jovem Príncipe, de A.G.Roemmers.

("desperdicei tempo e vida"...Grave. Urgente.)

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Coisas MUITO lindas!

Posted by Ana on 23:36
Trechos de "O Pequeno Príncipe". Definitivamente não é um livro infantil. Ou é. E nós, pessoas grandes, é que não sabemos reconhecer a grande sabedoria contida na pureza de uma criança.

***

"- Onde estão os homens? repetiu enfim o principezinho. A gente está um pouco só no deserto.
- Entre os homens também, disse a serpente."

***

"Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo..." 

"- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!"

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..."




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Até que a morte nos separe ou até que nós nos percamos?

Posted by Ana on 16:25
Em um intervalo de apenas uma semana assisti a dois filmes cuja temática é a tentativa de recuperação de um casamento quase falido. Um é "Um divã para dois", com Meryl Streep e Tommy Lee Jones, em cartaz nos cinemas e o outro é "Encontro de casais", que peguei pela metade no Universal Channel. Achei curioso...e isso ficou matutando na minha cabeça.

Uma das coisas que mais tive medo em relacionamentos foi de os dois se perderem. De a coisa toda cair na rotina, no comodismo, na conveniência. E uma das coisas que esses filmes trazem é bem isso - o quanto os casais se tornam quase que estranhos com o passar do tempo. De fato não deve ser fácil manter um casamento, mas eu fico intrigada com o quanto boa parte das pessoas simplesmente aturam seus casamentos ou então falam dessa instituição como algo pesado e até com desdém. E fico mais intrigada ainda quando me perguntam se eu já casei, eu respondo que não e me dizem "é a melhor coisa que você faz!". Oi?! Por que tanta...podemos chamar de que? Desilusão? E isso tem sido bem frequente.

Nos primórdios da história, sabemos, o casamento era uma mera transação comercial e política para que famílias perpetuassem seus reinos, terras e fortunas. As relações sociais se transformaram até que deram lugar ao casamento por livre escolha, por amor. Ora, se é uma escolha (ok, nem sempre ainda, mas vamos assumir que sim) não deveria ser um peso. Talvez uma boa reflexão seria: para que ou por que casar? Cada pessoa terá uma resposta, e talvez esteja nela a essência de se ficar junto com quem se escolheu.

A minha resposta, no dia de hoje (pode ser que daqui a algum tempo mude), é que eu vejo o casamento como um ato de companheirismo, de parceria, pela vontade de se cultivar a cada época de nossas vidas um novo amor, um novo aprendizado com aquela pessoa que admiramos e que desejamos ter sempre ao lado. Não é casar para constituir família somente. Não é casar para ter filhos. Muito menos é para se ter a sensação de segurança e estabilidade. É para se ter uma relação de crescimento mútuo, com cumplicidade, com os erros e dificuldades, com a incerteza, sim, com reconhecimento da individualidade de cada um. Porque se gosta daquela pessoa. Porque há coisas nela que se faz ter vontade de estar junto. Não porque completa (sempre achei que essa coisa de completar é porque está faltando um pedaço e aí vira dependência, não é bom), mas porque os dois inteiros se acrescentam. E com a deliciosa intimidade que os casais podem ter.

Mas...o que é que acontece no meio do caminho que as coisas vão ficando mornas até esfriarem? Não acho que a paixão sempre irá durar, longe disso, aliás. Nem o romantismo (acho uma pena, porque gosto dele, mas tenho que ser realista né?! Aprendi...). Nem mesmo a atração sexual. Mas talvez o que devesse permanecer fosse a compreensão de que aquela pessoa com quem nos casamos e nós próprios nos transformaremos ao longo do tempo. Talvez um pouco mais de disposição para tentar reconhecer diariamente o que nos fez querer aquela pessoa e alimentar isso. Talvez o dar espaço para a individualidade. Talvez o resgate constante da intimidade. Talvez mais diálogo (esse nunca pode faltar!). Talvez a admiração - particularmente acho isso essencial, mais até que o amor.

Não sei. São muitas variáveis. Talvez até haja casais que não deveriam ter se casado (e essa é uma das reflexões de "Um divã para dois"). E não acredito que isso possa ser chamado de erro. Acredito que era o que tinha que acontecer naquele momento, porque o reconhecimento do "não deveria" é uma perspectiva do agora, do repertório de experiências acumuladas e que não existiam naquele momento de decisão. Mas se é essa a sensação que se tem agora, que ao menos se dêem espaço para reconhecer isso e busquem, cada um, o quanto antes, a sua felicidade.

E há os casais que possam apenas estar passando por dias ruins e cabe aí uma boa dose de energia para colocarem-se um de frente ao outro, reconhecer o que se passa e resgatarem-se a si.

Porque é sim delicioso ter alguém com quem se possa compartilhar a vida e o amor. Não só amor homem-mulher, mas um conceito mais amplo e pleno de amor.




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Mais coisas lindas!

Posted by Ana on 00:41
"Cada indivíduo é um mundo inteiro!"

Em O foco define a sorte - Dulce Magalhães

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Desassossego.

Posted by Ana on 21:51
E de repente o coração se vê inquieto. Sem saber de onde, para onde, por que. Esquiva-se. Tenta, ao menos...Apenas sente. Fortemente.

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Design thinking insights and references #1

Posted by Ana on 00:17
Insight: "não há que se falar em obsolescência quando a ferramenta é dinâmica".

Isso me causou alguma coisa aqui, tá matutando...não só ferramentas...serviços? Interfaces? Customer Relationship? Bora desenvolver!!

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Outras coisas lindas!

Posted by Ana on 00:54
"Love sometimes tension...in which we both feel vulnerability, challanges and knowledge, but it has to be mature enough to do."

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Coisas lindas!

Posted by Ana on 00:46
And he said..."beyond every right and wrong, I want hold your hand forever"...



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That's all about life!

Posted by Ana on 20:12

'And now here is my secret, a very simple secret; it is only with the heart that one can see rightly, what is essential is invisible to the eye.'


Saint Exupery



Emanemo-nos amor!...

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Delícias (e verdades) de Drummond!

Posted by Ana on 23:23


"Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa , se a vontade de ficar juntos chega a apertar o coração : é o amor !"

"Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis!"

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."



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Sobre balanças e solitude

Posted by Ana on 23:05

Pois é, só que outro dia me peguei fazendo o oposto do post anterior. Não estava julgando, estava...não sei que palavra usar...palpitando na vida de uma amiga? Cuidando dela? Alertando? Dando minha opinião? Não sei...fato é que falava coisas querendo seu bem. Mas as coisas que eu dizia, embora na melhor das intenções, eram baseadas em crenças, valores e tolerâncias minhas.

Era um sábado de manhã. Após uma ótima noite de samba, eu, minha mãe e minha amiga conversávamos amenidades quando perguntei a ela sobre uma coisa específica de um momento de vida dela, que aqui preservo. Foi quando caímos no confuso e gostoso mundo dos relacionamentos.

Conforme dizia meus pontos, ela e minha mãe se admiravam. Talvez até se assustavam. E eu também me surpreendi. Porque naquele momento ficou muito claro para mim a questão de algo que só recentemente uma amiga querida me apresentou o nome e o conceito formal, embora já a sentisse: a solitude.

Não é solidão ou isolamento. Não é dizer não a relacionamentos amorosos ou a amigos ou a conhecer pessoas. Mas é estar inteiro, pleno, feliz e em paz só com você mesmo. É saber que você não vai estar o tempo todo com alguém e que não precisa disso para ser feliz. Nossa felicidade não está em outra pessoa, mas na plenitude de nós mesmos.

Naquela conversa eu dizia: “tem que valer muito à pena estar com alguém”. Não significa desistir a qualquer dificuldade, não tolerar defeitos e muito menos ser fofo e perfeito. Hoje eu sei que isso não existe. Mas precisa haver algo que agregue muito, justamente para que se suportem as dificuldades, para que se façam concessões, para que se busque um ponto de equilíbrio quando há divergências na forma de agir na vida e de pensá-la.

E esse “algo que agregue muito” depende da balança de cada um. O calibre dessa balança é muito particular, cada um ajusta o seu. Se eu tiver que abrir mão de algo que para mim é muito importante, mas há outros fatores que compensem esse ceder, ok. E esses fatores, nossa, são tantos: paixão, amor, dinheiro, admiração, caráter, sexo, carência, dependência, segurança, filhos, companheirismo...cada um tem o seu.

E eu lá, falando para minha amiga de acordo com minha balança...

Digo que tem que valer muito à pena porque (de acordo com minha balança, ok?!) liberdade, independência e paz de espírito são grandes riquezas que jamais podem ser roubadas ou perturbadas. Tem que ser sim aperfeiçoadas, incentivadas e – o mais gostoso – compartilhadas!!  Isso tudo não significa egoísmo ou relacionamento aberto. Significa maturidade. Significa reconhecer e respeitar o outro como um inteiro e os dois juntos tirarem o melhor proveito disso!

A minha balança está com o calibre bem rigoroso ultimamente, é verdade. Talvez porque seja só uma fase. Talvez porque eu não esteja deliciosamente desorientada por uma paixão. Cheguei perto...Ou talvez porque realmente tenha internalizado e cristalizado isso em mim.

Mas se eu mudar de ideia (ou se eu quebrar a cara), minha mãe e essa minha amiga serão as primeiras a saber! A vida sempre nos surpreende...  

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“A bebê está quietinha, porque você não fica também?”

Posted by Ana on 22:58


Porque somos incomparáveis. E a vida de cada um é muito, mas muito, extremamente particular.

Era a frase da mãe que tentava aquietar seu filho naquele vôo. Ela me despertou para algo que venho pensando e sentindo há algum tempo sobre a particularidade de nossas vidas.

Sabe aquela história de que “o que é bom para um não é para outro” ou “cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração” ou “não cuspa para cima que cai na testa”??? Pois então, são maneiras diferentes de expressar o quanto nossas vidas são singulares, o quanto não podemos julgar porque pode acontecer conosco e porque não sabemos quais caminhos tomou a vida daquele alguém que julgamos e que o levou a tal atitude, visão de mundo ou modelo mental.

Não defendo que todas as condutas são aceitáveis ou justificáveis, longe disso. Apenas acho que mais do que falar ou apontar ou pré-julgar, cabe observar, analisar. E se discordamos, guardemos para nós e façamos diferente. E melhor. E que nos faça bem.

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Crioula por paixão!

Posted by Ana on 22:56

Já sabia que sou apaixonada por coisas antigas e histórias de lugares, pessoas, famílias, objetos. Principalmente de famílias e lugares. Mas não sabia que isso era tão forte a ponto de querer saber mais. Investigar mais.

Olinda, João Pessoa e Recife, mais que uma beleza natural estonteante e construções antigas cheias de charme, preservam uma vida histórica intrigante e ainda latente.

A Igreja de São Bento, em Olinda, guarda a arte de 1660, mas – e principalmente – as relações de poder bem claras que existiam à época colonial: a nata da sociedade ficava intocada na região do altar. A classe média ocupava uma espécie de camarote e a classe baixa amontoava-se nos bancos comuns onde hoje todos nós sentamos, após sangue de muitos derramado para tal conquista. Negros não entravam.

Porto de Galinhas carrega esse nome por conta do contrabando de negros africanos, que continuou mesmo após a abolição. Eles aportavam amontoados abaixo de gaiolas de galinhas da angola. Quando estes navios contrabandistas chegavam, os comerciantes do porto gritavam “a galinha chegou!”.

Ainda em Olinda deparo-me com uma dupla de repentistas. Na simplicidade da vida que levam e com as muitas histórias que seus cabelos brancos já devem ter visto, vivido e ouvido, dão sentido às rimas de maneira sapeca, leve, bem-humorada. Crítica, também.

Simplicidade...talvez Norte, Nordeste e Centro-Oeste de nosso país consigam preservar isso quase como que uma filosofia de vida. Nos passeios sempre cruzamos com os nativos locais. Dão-me uma sensação de que pouco querem. Pouco querem ter. Pouco querem ser. Existem, apenas. Dia a dia. Sem qualquer julgamento de que isso seja bom ou ruim. Comento, apenas.

No entanto, ali estão por conta de nossos colonizadores portugueses, holandeses e espanhóis que muito quiseram para chegar ao ponto de desbravarem oceanos, chegar até ali e começar uma vida que para muitos hoje é de pouco querer.

Naus primitivas. Métodos de construção primitivos. Aos olhos de hoje. E tanta beleza criada, descoberta, construída. Barroco. Riqueza de detalhes, cores, formas e curvas. Como? Encanta.

E mais ainda encanta o que se passou naquelas casas, praias, praças. Amores, negociações de vidas, estratégias de conquista. Traições amorosas e nos negócios. Sexo, dramas, tortura. Planos, banquetes, risos, danças. Sonhos. Fartura e miséria.

Queria estar ali, sozinha, à noite, para ouvir o que cada tijolo, cada afresco, cada gota do mar tem a me contar. Aquilo tudo pulsa, respira, é vivo ainda. Sentem? Não é só um conjunto de lindas casas coloridas e quilômetros de beleza natural. As vidas que por ali passaram, como em todos os lugares, ali perpetuam-se pela história.

E é o simples, o bruto, o rústico que me atrai nisso tudo. O forró, o caipira, a capoeira, o samba, a roda de samba, o repente, o são joão.

Sinhá por gosto. Crioula por paixão.

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"Por que metade de mim é o que penso. A outra metade é um vulcão". (Oswaldo Montenegro)

Posted by Ana on 20:12


Depois de um ano e alguns meses em um ritmo alucinado de trabalho e mais tantas coisas juntas acontecendo em outras esferas da vida que não só a profissional, faz-se uma pausa. Que não sei definir bem como, de que ou para que. Nem se boa ou se ruim. Estranha...e necessária.

Pausa de tudo. Alguns pontos finais a vida trouxe. Outros tive que colocar sem de fato querer - estes insistem em se multiplicar em reticências...

Pausa, até, de mim mesma.

Não se trata de diminuição de volume de coisas por fazer, nem de férias. Trata-se de um ponto de inflexão na forma de ver, pensar, sentir e viver a vida. Tudo o que vinha num fluxo acelerado e “certo” no sentido de estar em paz com as decisões, de repente vira de ponta cabeça e transforma-se num grande ponto de interrogação. O corpo pede calma, a cabeça não acompanha e o coração...ah...este grita!

Já não é a primeira vez. Compreendi que esse vai-e-vém das certezas é de alguma maneira natural, na medida em que nos transformamos diante de experiências vividas e coisas sentidas. Mas é muito desconfortável e leva um tempo para tudo se ajeitar outra vez.

O que me inquieta é o que está por trás desse desequilíbrio. Se tudo vem vindo tão firme e certo, a ponto de fazer sentir que finalmente entramos em contato com a nossa verdade, por que é que de repente perdemos essa conexão e tudo volta a ser uma tela preta?

Penso que isso é um exercício constante da vida para não deixarmos as coisas do mundo passarem por cima de nós, do que acreditamos e do que queremos fazer diferente. Para não deixar o medo tomar conta. Para nos fortalecer e caminharmos rumo ao que se deseja realizar.

Dói. Cansa. A racionalidade - minha, em particular, que não é pequena - na maioria das vezes me desvia desse caminho. Mas em todos os momentos em que, me perdoem o clichê, pude ouvir e seguir meu coração, eu fui mais feliz.

Hoje transito (muito) na metade de mim que pensa. A outra metade está em transformação.


"Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram".
Carlos Drummond de Andrade

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